Reforma Política

O Sistema Eleitoral Brasieiro está esgotado e isso não é novidade para os estudiosos da política. O marketing tomou conta das milionárias campanhas eleitorais, os eleitores votam no melhor slogan, no mais conhecido ou naquele que fala melhor na televisão, ou seja, vão pelo caminho mais fácil. Isso porque desde sempre foram incentivados a não gostar de política e são, por outro lado, obrigados a votar. Semanas após terem digitado o número rapidamente decorado e apertado o botão verde, muitos sequer se lembram em quem votou, principalmente em eleições proporcionais.

Aqueles que se preocupam um pouco mais, acabam tendo que quebrar a cabeça quando percebem que seu Senador, por exemplo, foi eleito mas não está no Congresso, nem mesmo o vice cujo nome aparecia com letras bem pequinininhas nas propagandas. Pior ainda é quando ele vê que seu candidato a Deputado Federal não foi eleito, mesmo tendo mais votos que o adversário, eleito. Tem gente que desiste de entender como isso funciona.

Estes são apenas exemplos do nosso complexo sistema eleitoral, que há algum tempo vem passando por um processo de discussão visando sua reforma que, ao que parece, está por acontecer. Pelo menos é a conversa que rola nos bastidores do Congresso. Sendo ou não apenas uma conversa de corredor, é importante que a sociedade saiba o que está sendo tratado quando se fala em reforma política nos noticiários e que consequências essa reforma teria para o nosso sistema eleitoral e para nós, cidadãos.

Alguns temas são mais debatidos nas conversas de reforma política, dentre eles: financiamento público de campanha; voto facultativo; voto distrital, no qual cada região (distrito) vota em um representante para o Parlamento; e o voto em lista, no qual o eleitor vota em uma lista de candidatos, ao invés de votar em um único candidato. Cada um destes temas possuem desdobramentos diversos e combinações complexas, por isso serão tratados em posts separados, facilitando uma reflexão mais aprofundada nestes e em outros temas que envolvem a reforma política.

Darlan Cavalcanti
Graduando em Ciências Sociais